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Presente em todas edições, Capilé vê São João ameaçado: “Campina precisa assumir Campina”

Por Maurílio Júnior

O cantor campinense Capilé, que viu o São João de Campina Grande nascer e crescer endossou as recentes críticas de artistas consagrados do Nordeste contra a descaracterização da festa junina. Em Campina Grande, ‘O Maior São João do Mundo’ completa 40 anos em 2023.

Único artista a se apresentar em todas as edições do São João de Campina Grande, Capilé avalia que o evento está ameaçado.

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“O que pode manter a chama do São João viva é manter suas tradições. Se ficar tudo igual, as pessoas vão ficar preferir ir para lugares… (sic) Se ficar o mesmo povo que toca no carnaval, toca no São João, o mesmo povo que toca na Bahia, toca aqui, toca em Aracaju, o São João vai ficar a mesma coisa só, a única coisa que vai mudar são as barracas, mas as atrações são as mesmas. Campina Grande precisa assumir Campina Grande. O segredo do São João são as pessoas”, afirmou em entrevista à Rádio POP.

Na última terça-feira (20), a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência do projeto de lei que destina 80% das verbas públicas de festas juninas para artistas ligados ao forró e à cultura regional.

O projeto de lei surgiu em meio a polêmica que envolveu o cantor paraibano Flávio José, que teve seu show reduzido no São João de Campina Grande, no último dia 2 de junho, para conceder ao cantor sertanejo Gusttavo Lima um maior tempo de apresentação.