No passado, falava-se muito que ser professor era um sacerdócio. O problema desta visão é que muitas vezes estava carregada de um conformismo, como se ensinar fosse apenas um ato de amor, doação. Embutiu-se no conceito, também, a ideia de que tal sacerdócio, por amor, poderia prescindir de boa remuneração.
Talvez, se pensarmos o sacerdócio como uma escolha de vida, e uma escolha da qual não se abre mão por toda uma vida, podemos pensar o termo sacerdócio positivamente, resumindo em uma frase: quem escolhe ser professor, obrigatoriamente, deve doar-se a esta honrosa profissão, tornar-se educador pela vida inteira.
Educar é dar exemplos, já se sabe pela experiência que é assim. Os antigos já diziam que os exemplos ensinam — educam — mais que as palavras. Palavras podem se perder ao vento. Exemplos edificam e ficam gravados na memória, aqui referenciada por mim como cognição e emoção, sentimento. Como dizem, corações e mentes.
Ao decidir-se por realizar um procedimento delicado, mesmo dito que é rotineiro, num hospital público, quando poderia escolher qualquer um da rede privada, aqui ou em qualquer grande centro do eixo sudeste, como fazem os mais abastados e tantos políticos, o Governador João Azevedo assina um atestado de confiança naquilo que defende para todo o povo, e para este povo oferece como governante.
João não decidiu ser cobaia de sua política de saúde pública. Decidiu-se, isto sim, por referenciar, com um gesto simples, humano, sereno, um projeto de governo e gestão, que tem na saúde das pessoas que precisam do SUS um dos focos centrais da sua ação. Aliás, ação plena de êxito, que não se pretende perfeita, mas busca a excelência no cotidiano.
O trabalho, que começou com o Secretário Geraldo Medeiros, tem continuidade exitosa, na busca permanente de superação, com inovação, criatividade, comprometimento técnico, ético e político, com o Secretário Jhony Bezerra.
Atitude. É disto que se fala. O que o Governador quis dizer, eu entendi: “confie na saúde pública da Paraíba, como eu confio!”
O que entendi também, com o seu gesto, foi: “uma vez professor, educador sempre”. O exemplo ensina, edifica. Dispensa palavras.
