O reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Valdiney Gouveia, terá 10 dias para se pronunciar ao Conselhão (Consuni, Consepe e Conselho Curador) que discute a sua destituição com base no dossiê da intervenção e aponta supostos fatos antidemocráticos, irregularidades e ilegalidades da gestão.
O debate sobre o dossiê teve início durante uma audiência realizada no dia 16 de maio. O processo foi obstruído pela atuação da vice-reitora Liana Filgueira, que presidiu a reunião, mesmo estando implicada no processo e, portanto, impedida de exercer tal função. Essa situação gerou protestos por parte da comunidade acadêmica presente.
O dossiê que trata da destituição de Valdiney é dividido em cinco eixos: 1) a repressão e a censura no ambiente acadêmico; 2) o ataque a entidades representativas e movimentos democráticos; 3) o descaso com as condições de vida de estudantes e trabalhadores; 4) a gestão da universidade subordinada ao alinhamento ideológico à extrema-direita; 5) a usurpação e esvaziamento das atribuições e competências dos Conselhos Superiores da Instituição.
Valdiney Gouveia e Liana Filgueira são alvos de protestos desde novembro de 2020, quando assumiram a Reitoria da UFPB, apesar de terem ficado na terceira colocação entre os escolhidos pela comunidade acadêmica. Ambos só foram postos nos cargos após a nomeação de Jair Bolsonaro, então presidente do país.