A Prefeitura de Campina Grande, através da Gevisa – Gerência De Vigilância Sanitária proibiu a comercialização de cachaças artesanais no Parque do Povo, durante o Maior São João do Mundo. Ao @blogmauriliojunior, os barraqueiros que trabalham com o produto se disseram desesperados com a medida.
A Gevisa, conforme os barraqueiros, atendeu a um pedido da empresa cearense Arte Produções. O órgão argumentou que a cachaça artesanal “não detém rotulagem apropriada que atendam aos requisitos e dispositivos legais supracitados. Nesse sentido, os comerciantes que detenham bebidas irregularidades serão notificados e estas serão apreendidas, conforme exercício do poder de polícia conferido”.
O @blogmauriliojunior conversou com a simpática Fia do Bom que Dói, a cachaça artesanal que faz história no São João de Campina Grande há pelo menos 30 anos. Ela se disse “desesperada” com a medida da Prefeitura.
“É triste trabalharmos esse tempo todinho, sempre fizemos a nossa cachaça com mel, sempre vendi minha cachaça chamada ‘Bom que Dói’, e a gente acordar e saber que não vamos poder por decisão da Gevisa, que até ontem, a Gevisa não sabia disso, que era proibido, porque recebemos o contrato (com a Arte Produções) para não vendermos a cachaça artesanal. Aí agora a Gevisa exigir que a gente não vai poder vender, realmente, é triste”, desabafou.
Cliente vip
Uma das clientes Vips da cachaça Bom que Dói é a cantora paraibana Juliette Freire, que participará da abertura do São João de Campina Grande em um show com Geraldo Azevedo e Chico Cesar.
No ano passado, durante a sua apresentação no Parque do Povo, Juliette mencionou a história da cachaça na festa.
“Vocês fazem parte da minha história. Não solto vocês por nada. Esse São João faz parte da minha vida, vivi aqui, nessas palhoças, tomando Bom que Dói”.