São chocantes as revelações feitas pelo Ministério Público de Goiás, no bojo da Operação Penalidade Máxima.
A investigação que ocorre, desde o início de fevereiro, desvendou grupos criminosos envolvidos em casos de manipulação de resultados em campeonatos de futebol espalhados pelo país.
Aliciadores entram em contato com alguns jogadores de diversos campeonatos brasileiros visando fechar um acordo para que estes realizem algumas ações ao longo de determinada partida.
Em troca os atletas recebem grandes quantias de dinheiro, mas somente se cumprir com o combinado. Tomar cartão amarelo ou vermelho, cometer pênalti, sofrer gol ou fazer gol contra, são algumas ações que garantiam dinheiro aos jogadores.
Observando os desdobramentos das investigações, é impossível não deixar de lembrar a Operação Cartola, que em 2018, desvendou um esquema semelhante na Paraíba, com compra de árbitros.
A investigação derrubou o então presidente da Federação Paraibana de Futebol, Amadeu Rodrigues, afastou dirigentes de clubes importantes como Botafogo-PB e Campinense, além de árbitros.
O então governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, chegou a ser citado em um diálogo entre dois dirigentes do Botafogo-PB, acerca de uma suposta compra de um árbitro para um jogo da Copa do Brasil.
Coincidência ou não, o delegado que conduzia as investigações, Lucas Sá, foi afastado de suas atribuições na Polícia Civil da Paraíba. A operação morreu e alguns dos dirigentes afastados, continuam mandando em seus clubes.
A Paraíba poderia ter feito história.