Ao receber o Prêmio Camões em Lisboa, nesta segunda-feira (24.abr.2023), Chico Buarque falou sobre demora da cerimônia após recusa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Reconforta-me lembrar que o ex-presidente teve a rara fineza de não sujar o diploma do meu prêmio Camões, deixando seus espaço em branco para a assinatura do nosso presidente Lula”, disse o cantor e escritor, sob aplausos de portugueses e brasileiros.
“Recebo este prêmio menos como uma honraria pessoal e mais como um desgravo a tantos autores e artistas brasileiros humilhados e ofendidos nestes últimos anos de estupidez e obscurantismo.”
Antes, ao definir o governo Jair Bolsonaro como “quatro anos de governo funesto [que] duraram uma eternidade”, Buarque disse que, apesar de derrotada nas urnas, “a ameaça fascista permanece no Brasil e por toda parte.”