João Pessoa e Campina Grande despencaram no Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2023, produzido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com apoio da Endeavor. quando o assunto é ambiente de negócios.
A capital paraibana caiu da 54ª posição em 2022, com uma média de 5.90, para 71ª em 2023, agora com uma nota 5.34. A situação de Campina Grande é ainda pior, já que ocupa a 98ª posição no ranking das cidades, ou o 4º pior desempenho do país.
A pesquisa considera os 101 municípios mais populosos no Brasil e ranqueia quais estão com as melhores condições para empreender. O ICE é um importante mapa para a ação estratégica dos governos municipais e para promoção do desenvolvimento econômico local.
O estudo leva em consideração o tempo de processos, pois ele reflete a quantidade de tempo gasto com questões burocráticas essenciais à criação e execução do negócio.
O subdeterminante tempo de processos é composto por três indicadores. Dois deles estão relacionados com a abertura de novos negócios: Tempo de Viabilidade de Localização, cujo processo avalia se determinada atividade econômica pode ocorrer no local escolhido.
O segundo trata-se do Tempo de Registro, Cadastro e Viabilidade de Nome, que verifica se o nome selecionado poderá ser utilizado pela empresa.
Já o terceiro indicador é a Taxa de Congestionamento em Tribunais, que apontam para a capacidade das comarcas dos municípios em lidar com problemas burocráticos e tributários que não foram resolvidos em processos administrativos.
Além de ambiente regulatório, o ICE avalia as condições de infraestrutura, mercado, acesso a capital, capital humano e cultura empreendedora.
Quando o assunto é infraestrutura, também há uma queda nos índices de João Pessoa e Campina Grande. A capital caiu da 64ª em 2022 para 73ª posição em 2023, enquanto Campina Grande despencou de 72ª para 78ª.
João Pessoa registrou melhora em Mercado, saindo da 83ª posição para 78ª. Campina Grande se manteve onde esteve em relação a 2022, na 94ª posição, mas com queda na pontuação, saindo de 4.7 para 4.6.
Nesse aspecto, o ranking relaciona a criação de novos negócios e mercados com desenvolvimento econômico, geração de renda e redução da pobreza.
O determinante Mercado é composto por dois subdeterminantes, Desenvolvimento Econômico e Clientes Potenciais, cada um baseando-se em três indicadores, os quais ajudam o empreendedor a conhecer as maiores cidades brasileiras no sentido de saber se elas seriam boas opções para se explorar novos empreendimentos.