Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que a falta de manutenção da barragem Camará foi a causa do rompimento. A barragem se rompeu no dia 17 de junho de 2004, lançando em torno de 17 milhões de metros cúbicos de água que percorreram, aproximadamente, 25 quilômetros até invadir as ruas da parte baixa de Alagoa Grande, Areia, Alagoa nova e Mulungu. Cinco pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram desabrigadas.
Naquele ano, a Paraíba era governada pelo tucano Cássio Cunha Lima (PSDB), que na época rivalizava politicamente com José Maranhão (MDB), que construiu a obra. Por muitos anos, aliados de Cunha Lima atribuíram à trágedia ao emedebista.
A decisão, assinada pelo ministro Benedito Gonçalves, nesta terça-feira (28/3), atesta que a responsabilidade pelo desastre não foi do ex-governador José Maranhão. Na época da tragédia, a gestão de José Maranhão foi acusada de ter cometido erros na construção da barragem.
De acordo com o ministro, o rompimento poderia ter sido evitado se a obra tivesse sido monitorada e observada após sua construção, como recomendado. Mesmo que uma falha geológica tivesse sido identificada, ela não teria sido a causa do rompimento.