O professor Saulo Vital, especialista em Meio Ambiente da Universidade Federal da Paraíba, apontou riscos de desaparecimento das piscinas naturais do Seixas e de Areia Vermelha se o projeto de aterro da orla marítima de João Pessoa avançar.
Segundo Vital, o projeto irá soterrar corais e exaurir o ecossistema. “Quando você faz uma obra de contensão, o mar irá erodir em outro lugar. Os bancos de areia em Areia Vermelha também podem sofrer com este processo.”
Ainda de acordo com o especialista, um projeto de tamanha magnitude não tem como ser elaborado em apenas quatro meses, conforme projetou o prefeito Cícero Lucena (PP), de João Pessoa.
Desde fevereiro, a proposta de aterro da orla marítima é o assunto principal em João Pessoa. O projeto, segundo o prefeito Cícero Lucena (PP), vai atingir da barreira do Cabo Branco à Praia do Bessa. Chamou a atenção a pista viária que ligaria o Cabo Branco à Ponta do Seixas por baixo, e portanto contornando a Falésia do Cabo Branco, local onde diariamente o mar bate hoje em dia.
O projeto de aterro da orla é criticado por ambientalistas, que temem os mesmos reflexos contra a natureza já vistos em Balneário Camboriú (SC). A cidade catarinense é a inspiração para a ação na capital paraibana. O prefeito Cícero visitou Balneário no ano passado para conhecer a obra.