O movimento popular ‘Minha Jampa’ lançou nesta sexta-feira (24/02) um abaixo-assinado contra o projeto de alargamento das praias de João Pessoa que está em estudo por parte da Prefeitura desde o ano passado. Através do site https://www.alargamentonao.minhajampa.org.br/, os organizadores estão juntando assinaturas contra o projeto, que poderá custar R$ 200 milhões, além de danos ambientais, de acordo com especialistas da Universidade Federal da Paraíba.
O movimento afirma em sua justificativa que trata-se de “uma obra que degradará nosso meio ambiente, seja no extermínio da vida marinha do nosso litoral, seja possibilitando construções que prejudiquem a ventilação de uma cidade que já é muito quente. Por fim, mas não menos importante, entendemos que o uso do dinheiro público deve ser investido para resolver problemas reais da população, não criando novos problemas”.
O interesse da Prefeitura de João Pessoa em executar o projeto surgiu em 2022 com a ida do prefeito Cícero Lucena (PP) à praia de Balneário Camboriú (SC). Já agora em fevereiro de 2023, uma nova declaração do gestor reascendeu a polêmica.
Segundo Cícero, está previsto uma pista viária que ligaria o Cabo Branco à Ponta do Seixas por baixo, e portanto contornando a Falésia do Cabo Branco, local onde diariamente o mar bate hoje em dia. O prefeito também promete alargar toda a faixa da praia de Manaíra, entre o Hotel Tambaú e o Mag Shopping, e ainda a área denominada de Caribessa. O projeto completo deve ficar pronto em junho.
A experiência de Balneário Camboriú (SC) com o alargamento da caixa de área do seu litoral não tem sido boa. Em um ano, o litoral catarinense já registra nível máximo de coliforme fecais no mar e a morte de colônias de animais marinhos.
