O apoio da cantora paraibana Elba Ramalho ao ex-presidente Jair Bolsonaro segue rendendo no Carnaval do Recife. A artista foi recebida ontem no Marco Zero aos gritos de “olê, olê, olá Lula, Lula.” Já neste sábado (18/02) foi a vez do cantor Geraldo Azevedo criticar a colega com quem formou “O Grande Encontro”, também com participação de Alceu Valença, excursionando Brasil afora há mais de 20 anos.
À Folha de SP, Geraldo admitiu que tem sido difícil lidar com os acenos de Elba Ramalho ao bolsonarismo. A posição política da paraibana ele conta, acaba criando rusgas entre os integrantes do Grande Encontro. Geraldo foi torturado durante a ditadura militar. Em 1969, os militares invadiram o apartamento onde morava com sua mulher, Vitória, e um casal de amigos. Todos foram presos.
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“Ficamos chateados com ela, desde a época que ela fez campanha para o Fernando Collor, eu não discuto mais, eu faço show com ela, mas a gente não fala em política, porque teve momentos em que discutimos, e ela teve atitudes mais grosseiras”, diz Azevedo.
“Às vezes Alceu se exalta, eu não diria que isso afeta a amizade, mas afeta a convivência, nunca vou deixar de ter carinho pela Elba, mas não tenho mais a mesma disponibilidade que tive com ela, porque fica muito desagradável em determinadas situações.”
A relação com a amiga Elba Ramalho anda estremecida por causa de posicionamentos políticos. Azevedo sente dificuldades de entender a opção de Elba pelo bolsonarismo.
A posição de Elba Ramalho tem causado reações negativas do público por onde ela passa. Além do episódio de ontem no Marco Zero, Elba chegou a discutir com o público durante um show no ano passado, em Salvador, por manifestações favoráveis a Lula e contra Bolsonaro.