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Nas imagens dos indígenas Yanomami, a digital do paraibano Marcelo Queiroga

Por Maurílio Júnior

Quase 100 crianças morreram na Terra Indígena Yanomami em 2022

O rastro da destruição do governo de Jair Bolsonaro é enorme. Nos últimos dias, as imagens dos indígenas Yanomami chocaram o Brasil.

O número de mortes de crianças com menos de 5 anos por causas evitáveis aumentou 29% no território: 570 pequenos indígenas morreram nos últimos 4 anos por doenças que têm tratamento. Noventa e nove apenas em 2022.

Em abril do ano passado, a entidade entregou ao então ministro da Saúde uma carta assinada por lideranças indígenas que descrevia um “cenário de guerra” na região, com morte de crianças pelos mais diversos motivos. Marcelo Queiroga ignorou.

“Denunciamos, especialmente, o absoluto colapso da saúde indígena dos povos Yanomami e Yekawana que vivem um cenário de guerra, com morte de crianças de desnutrição e de malária, a desassistência para remoção e resgate de indígenas”, diz a carta ao relatar, também, “falta de coordenação entre os entes federados para o devido atendimento e proteção da saúde indígena, e o desvio de verbas destinadas à saúde indígena Yanomami”.

O presidente da República Lula, que ontem foi ao território Yanomami, diz que viu “genocídio” em Roraima e que o lugar terá equipes de saúde permanentes.

Um genocídio —marca inconteste do bolsonarismo nos últimos 4 anos— com muitas digitais. Uma delas é de um paraibano: Marcelo Queiroga.