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Ação contra Braiscompany pede devolução de R$ 2 milhões e relaciona casal a pirâmide

Por Maurílio Júnior

A crise envolvendo a Braiscompany se agravou nesta sexta-feira (20/01) após nova ação contra a empresa na Justiça da Paraíba. Agora trata-se de um processo aberto pelo empresário Cláudio Maurício de Oliveira contra a financeira e seus proprietários, Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias, para anulação de contratos firmados que somam R$ 2.075.000,00 (dois milhões e setenta e cinco mil reais). Ele também pede o bloqueio de bens da empresa para garantia da ação. O caso está na 3ª Vara Cível de Campina Grande.

Na petição, o empresário diz ter firmado com a empresa vários contratos de Cessão Temporária de Ativo Digital (Aluguel de criptomoeadas), a fim de receber proventos mensais, conforme o valor investido. Do montante, parte foi investido em espécie, através de transferência bancárias, e parte foi aportado por meio de bens cujas propriedades foram transferidas para o nome da Empresa.

Dentre os bens entregues, se verifica um Jet-ski modelo e dois carros de luxo. “Ocorre que, desde de dezembro de 2022, a Empresa Ré não cumpre com o pagamento dos alugueis mensais. Em virtude disso, a parte Autora buscou a Ré para receber informações do que está a acontecer e sobre o adimplemento do contrato, mas não obteve respostas, provas em anexo”, diz a ação.

Com o silêncio e o inadimplemento dos contratos firmados, por parte da empresa, diz a ação, o empresário optou por rescindir os negócios jurídicos e receber os valores investidos, após os descontos previstos, de 30%, conforme contrato. “Mesmo com essa solicitação, a Empresa insiste em não se manifestar, não rescindir os contratos e não devolver os valores e bens investidos”, explica.

Ainda na ação, o empresário afirma que pode estar sendo vítima de um golpe e acrescenta que os bens investidos estão sendo vendidos pela empresa em valor abaixo do mercado. “Logo, a medida pretendida torna-se vital e carece de urgência na sua adoção a fim de resguardar o patrimônio comprometido pelos compradores, bem como minorar e coibir danos e prejuízos suportados pelas partes, sob pena de perecimento dos bens”, acrescenta.

Cláudio Maurício de Oliveira relaciona o casal Antônio Neto Ais e Fabrícia a pirâmide financeira. “(…) Foi divulgado em canais de mídias de grande circulação que os sócios da Empresa, Antônio Inácio e Fabrícia Farias, são procurados por envolvimento com a empresa D9 Club, uma pirâmide financeira com atuação anterior à Braiscompany, tendo sido citados em mais de 20 processos apenas da Empresa D9”.

Dentre os pedidos, o empresário Cláudio Maurício requer, na Justiça, a desconsideração da personalidade jurídica da Braiscompany, o bloqueio de valores em contas bancárias, bens móveis e imóveis e o bloqueio de bens investidos como aportes pelo autor da ação, além da aplicação do Código de Defesa do Consumidor e a responsabilidade objetiva da empresa.