O general Júlio Cesar de Arruda foi nomeado, nesta quarta-feira (28), pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir o comando do Exército de forma interina a partir de 30 de dezembro. O nome de Arruda foi indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para comandar o setor das Forças Armadas no novo governo.
Múcio já havia dito, durante coletiva de imprensa nesta semana, que a posse de Arruda seria antecipada para sexta-feira (30) na tentativa de evitar um eventual “vazio de poder” nas primeiras horas do governo Lula, no dia 1º de janeiro. A equipe de transição de governo está preocupada com as condições de segurança para a posse.
Impasse na Marinha
Segundo reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo, apesar de interlocutores no Ministério da Defesa dizerem que a troca ocorreria hoje ou amanhã, auxiliares do comandante da Marinha, Almir Garnier, afirmaram que a realização de uma cerimônia antes da posse de Lula não é uma possibilidade.
Pessoas próximas do futuro ministro da Defesa afirmaram ao jornal que Garnier tem se mostrado resistente a tentativas de aproximação, diante da derrota de Bolsonaro nas urnas, e foi o único a criar empecilhos para a transição.
Troca na Aeronáutica só depois da posse
Na Aeronáutica, a troca ocorrerá no dia 2 de janeiro. O atual comandante Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior também cogitou deixar o posto antes.
Alinhado a Bolsonaro, Batista Júnior também teria mostrado a intenção de não ter de prestar continência para Lula, mas pelo acertado em reunião na segunda-feira (26), só deve deixar o comando já no governo do petista.