análise

Alemanha ensina ao Brasil que ser campeão é mais que vencer um torneio

Por Maurílio Júnior

Alemanha protesta antes do jogo contra o Japão

A seleção alemã protestou pouco antes da estreia da Copa do Mundo no Catar, ante o Japão, contra a censura da FIFA, que impediu que os jogadores entrassem com braçadeiras coloridas em apoio aos direitos humanos.

Alemanha, Inglaterra e outras seleções pretendiam utilizar a braçadeira da One Love – movimento criado no futebol holandês, em defesa dos direitos humanos.

Na Copa do Catar, tornou-se símbolo principalmente de manifestação pelos direitos dos trabalhadores migrantes e das pessoas LGBTQIAP+, por conta das leis homofóbicas vigentes no país sede.

Antes do jogo contra o Japão, os jogadores alemãos taparam a boca em sinal de protesto contra a censura imposta pela FIFA

Em nota, a Alemanha ressaltou que “direitos humanos são inegociáveis”.

Na segunda-feira (21.11), em sua estreia, a Inglaterra já havia protestado contra a decisão da FIFA e se ajoelhou no campo.

Já a seleção brasileira deve se esquisar sobre o desrespeito aos direitos humanos no Catar. O presidente da CBF já disse que a seleção foi ao Catar para jogar futebol.

Ontem, um jornalista pernambuco foi alvo de policiais locais que confundiram a bandeira de Pernambuco, vejam só, em um símbolo LGBT.

Potências europeias, Alemanha e Inglaterra ensinam que ser campeão pode ser muito mais que vencer um torneio.