GloboNews tem climão após fala preconceituosa contra primeira-dama Janja

Por Maurílio Júnior

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Um comentário preconceituoso da jornalista Eliane Cantanhêde a respeito do “papel” da futura primeira-dama do Brasil, Janja, causou um climão na GloboNews, nessa sexta-feira (11.11), durante o programa “Em Pauta”. Entre outras coisas, Cantanhêde afirmou que Janja não deveria preparar a posse e sim limitar seu papel ao quarto do casal.

Em seu discurso opinativo, ela disse que Janja estava “aparecendo demais” ao lado de Lula e que a nova primeira-dama do Brasil deveria apenas servir o novo presidente em seu quarto, entre quatro paredes.

“O presidente é o Lula, tudo tem limite, tudo que excede pode dar problema. Há um incômodo com o excesso de espaço que a Janja vem ocupando”, disse. “Ontem, por exemplo, quando o Lula fez aquele discurso em que ele chorou quando falou da fome, quando ele derrapou ao desqualificar a responsabilidade fiscal, ela tava ali sentada”.

“Mas ela não é presidente do PT, ela não é líder política, ela não é presidente de partido. Por que ela estava ali? Qual é o papel da primeira-dama? A gente tem vários exemplos de primeiras-damas, desde a ditadura militar, dona Yolanda Costa e Silva super maquiada, super artificial, você tinha a mulher do Geisel, que era super discreta, dona de casa”, continuou.

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A fala de Eliane foi rebatida em seguida pelo jornalista André Trigueiro, que também participava como comentarista do telejornal. “Acho importante demolir esse termo, viu, Lili? Não sei a tua opinião, mas primeira-dama? Não favorece o sindicato que você pertence. Acho que a gente tem que reinventar palavras e expectativas em relação ao papel da mulher do homem mais poderoso do Brasil, que já ficou muito claro, não será propriamente alguém que cumprirá o papel de dona de casa subserviente ao marido. Lugar de mulher é onde ela quiser ficar. E isso o presidente falou na avenida Paulista no discurso da vitória”.