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Após morte de paciente, Bruno anuncia custeio de marcapassos

Por Maurílio Júnior

Doze dias depois da morte de João José da Silva, de 66 anos, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), anunciou nesta sexta-feira (04/11), que vai arcar com o custo excedente de procedimentos de implantação de marcapassos em pacientes em situação grave internados no Hospital João XXIII. A unidade hospitalar é conveniada com o município para prestar serviços de Saúde em cardiologia.

O anúncio foi feito após uma reunião da Prefeitura de Campina Grande com o Ministério Público do Estado da Paraíba e representantes da Câmara Municipal de Vereadores, na Promotoria da Saúde.

“O prefeito Bruno Cunha Lima, sensível a toda essa situação, estabeleceu que nós cobríssemos a diferença para garantir a cirurgia desses pacientes. Enquanto isso, vamos buscar diálogo com o Ministério da Saúde para viabilizar uma solução definitiva para este problema de subfinanciamento do SUS. Já entrei em contato com fornecedores e localizei representantes que repassam os equipamentos no valor da tabela SUS anterior”, disse o secretário de Saúde do Município, o médico cirurgião Gilney Porto.

No último dia 20 de outubro, a morte do paciente João José da Silva, 66 anos, chocou Campina Grande. Dias antes, o vereador governista Alexandre do Sindicato (União Brasil) denunicou, em tribuna na Câmara Municipal de Campina Grande, o descaso no Hospital João XXIII.

Uma parente do paciente informou que o seu pai encontrava-se hospitalizado há 15 dias e só sairá após a implantação de um marca-passo.

No entanto, segundo ela, o médico teria dito que existe uma problemática na compra do equipamento, pois o estado repassa a verba para a Prefeitura, que não paga o valor cobrado pela empresa fornecedora.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Município afirmou que, “a unidade hospitalar também justifica que não ter sido possível realizar a cirurgia de implantação de marca-passo no paciente em virtude da dificuldade de fornecimento do material, diante do aumento no preço das órteses e próteses cardiológicas e da redução do financiamento para a compra desses equipamentos pela tabela SUS.”