O dilema de Veneziano

Por Maurílio Júnior

Veneziano Vital do Rêgo — Foto: Maurílio Júnior

Quarto colocado na disputa de primeiro turno ao Governo da Paraíba, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) vive um dilema a partir de agora: com quem marchar no segundo turno?

Aliado do governador João Azevêdo (PSB) até fevereiro, o emedebista fez críticas a gestão do socialista durante a campanha. O rompimento ocorreu em um processo que se arrastou entre setembro de 2021 a fevereiro de 2022. Uma separação desgastante.

Se optar por João, Veneziano teria como ponto de convergência a união do campo progressista no segundo turno, liderado pelo ex-presidente Lula (PT), e a oportunidade de voltar acomodar aliados na administração estadual.

Do outro lado, Pedro Cunha Lima (PSDB) representa um grupo que destruiu politicamente a sua imagem em Campina Grande, terra natal. Também é verdade que o emedebista manteve uma relação amistosa com o tucano no primeiro turno, abrindo a possibilidade de união.

Além de ficar fora do segundo turno, Veneziano não conseguiu eleger a sua esposa Ana Cláudia Vital (MDB) como deputada estadual. O grupo Vital do Rêgo tem acumulado derrotas traumáticas em Campina Grande desde 2012, quando Veneziano deixou o executivo campinense.

Desde então, Veneziano Vital do Rêgo é massacrado pelos seus opositores locais que o limita ao episódio do lixo ao fim do seu mandato como prefeito.

Uma terceira opção também não é descartada: ficar neutro e se isolar politicamente.