Pois bem. Não é só a Justiça da Paraíba que considera a candidatura de Ricardo Coutinho (PT) ao Senado delicada, como o ex-governador sugeriu em um áudio que disparou no Whatsapp, no último domingo.
A bravata de Ricardo não ganhou força no Tribunal Superior Eleitoral, a 2234 km de João Pessoa, onde foi cassado, em 2020, por abuso de poder econômico nas eleições de 2014.
Na decisão que mantém o indeferimento da candidatura de Márcia Lucena (PT) à Assembleia Legislativa, o ministro do TSE, Benedito Gonçalves, foi claro:
As chances de Márcia Lucena reverter a sua inelegibilidade são “remotas”. Um trecho importante da decisão diz o seguinte:
“Considerando que a condenação pela prática de abuso de poder foi imposta em julgamento plenário deste Tribunal, mediante acórdão prolatado há quase dois anos, com posterior rejeição dos embargos declaratórios, e que a inelegibilidade do art. 1º, I, d, da LC 64/90 possui natureza objetiva, a princípio é remota a possibilidade de a requerente obter sua candidatura nas Eleições 2022”.
Isso também se aplica a Ricardo Coutinho. A situação de Márcia é semelhante ao do ex-governador, que apesar da inelegibilidade e das chances “remotas”, segundo o ministro do TSE, vai recorrer até o STF.
Ricardo passa, agora, a brincar de ser candidato. Oficialmente.