O Ministério Público Federal abriu investigação contra fraudes em pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2 de outubro. O foco do órgão é nas sondagens autofinanciadas. Há suspeitas de que sejam produzidas sem qualidade. Ao informar que realizaram as pesquisas sem contratante externo, esses institutos não precisam revelar a origem do dinheiro. O temor é de que candidatos tentem forjar sondagens para influenciar os eleitores. O objetivo seria induzir votos. A informação é do jornal Estado de S. Paulo.
Bombando. O número de pesquisas eleitorais aumentou significativamente em 2022. Ao mesmo tempo, as sondagens viraram alvo de questionamentos judiciais. De 1.º de janeiro a 30 de agosto de 2022, o volume de processos em todo o País saltou 582% na comparação com o mesmo período de 2018, segundo levantamento feito pelo Estadão/Broadcast em Tribunais Regionais Eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bombando II. As pesquisas bancadas por institutos representam 63% de todas as sondagens registradas no TSE. Deputados tentaram incluir no projeto do Código Eleitoral, em 2021, regra que proibia pesquisas autofinanciadas por institutos, mas ela não avançou.
Caso na Paraíba. Pelo menos uma pesquisa autofinanciada foi registrada e divulgada no estado da Paraíba. O Instituto Verita LTDA – EPP/Verita apresentou números ao Governo do Estado e ao Senado na última terça-feira (06.09). A pesquisa foi paga pelo próprio instituto sob o valor de R$ 58.968,00 e chegou a ser barrada pelo TRE-PB por irregularidades, mas foi liberada posteriormente.