De olho no Fundão Eleitoral, a deputada federal e candidata à reeleição, Eliza Virgínia (PP), que nas eleições de 2020 registrou a sua cor como sendo ‘branca’, trocou de cor em 2022.
A parlamentar se disse agora à Justiça Eleitoral como pessoa ‘parda’. A manobra impacta o financiamento da campanha e a entrega de recursos públicos para os partidos.
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As legendas dividem o fundo eleitoral e o tempo de TV para propaganda de forma proporcional entre negros (pardos e pretos) e brancos. Se uma legenda tem 50% dos postulantes que se identificam dessa forma, por exemplo, metade dos recursos deve ser direcionada a essas candidaturas.
A mudança ocorre às vésperas da primeira eleição nacional na qual haverá destinação de dinheiro do financiamento de campanha para candidaturas de pessoas negras e, para o cálculo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) considera candidaturas negras aquelas registradas pelos postulantes autodeclarados como pretos ou pardos.
Eliza Virgínia foi a única vereadora eleita em João Pessoa na última eleição, em 2020. Ela se define como bolsonarista e conservadora. A sua atuação na Câmara é marcada por ataques às pautas progresisstas.