O jornalista Lázaro Farias, âncora do Correio Debate, da 98 FM, repudiou, sexta-feira, 12/8, os ataques do candidato a governador da Paraíba Pedro Cunha Lima (PSDB) à imprensa.
Em uma sabatina com estudantes, nessa quinta-feira, 11/8, Pedro afirmou que boa parte da imprensa é comprada para blindar o atual governador.
Lázaro cobrou respeito aos jornalistas atacados por Cunha Lima. “Você sabe o que é ligar um rádio? Vá perguntar a um pobre que só tem a gente como voz”, reagiu Lázaro. “Respeite quem sai todo dia para trabalhar”, acrescentou.
“Aqueles que não gostam da imprensa provavelmente não gostam da democracia. Não sei se tem gente interessada que o país vivesse em um regime fechado, que essa Paraíba vivesse um regime fechado, este tempo acabou, acorde”, completou.
Sindicato dos Jornalistas da PB e Amidi repudiam ataques de Pedro
Os ataques de Pedro foram repudiados também pelo Sindicato do Jornalistas da Paraíba, com subscrição da Federação Nacional, e Amidi – Associação das Mídias Digitais do Estado. As entidades pediram retratação do candidato.
Em nota, o presidente do Sindicato de Jornalistas da Paraíba afirmou que foi uma declaração extremamente infeliz e feita lamentavelmente para a juventude.
“Repudiamos essa pecha e ressaltamos que nossos profissionais são éticos, talentosos e competentes. Em toda profissão há bons e maus representantes, mas não é justo, a pretexto de criticar um adversário ou sua conduta, tentar desqualificar toda uma categoria”, explicou o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Land Seixas.
A Associação de Mídia Digital lamentou e repudiou o que chamou de “equivocadas e genéricas falas do deputado federal e pré-candidato ao governo, Pedro Cunha Lima, contra a imprensa paraibana”.
Na nota, a Amidi afirmopu que é temeroso que em dias atuais, diante de tantas ameaças ao nosso sistema democrático, a sociedade se deparar com declarações como as do candidato ao governo da Paraíba e pediu que houvesse retratação
“Os jornalistas e veículos de comunicação merecem respeito, pois desenvolvem um trabalho necessário e prestam diariamente serviço à população. Por mais que o conteúdo não o agrade, o parlamentar e homem público precisa respeitar e conviver com o contraditório”, destaca a nota.