(Jornal Commércio) À coluna, caciques da Frente Popular confirmam que Marília Arraes (SD) não estará ao lado de Lula (PT) nos eventos a serem realizados em Pernambuco. Afirmam que são atos organizados pela aliança, que tem Danilo Cabral (PSB) e Teresa Leitão (PSB) como respectivos pré-candidatos ao Governo de Pernambuco e ao Senado.
Em Pernambuco, Lula declarou apoio oficial a Danilo Cabral. Mas Marília Arraes, que deixou o PT em março para viabilizar candidatura própria, continua dando dor de cabeça ao PSB. Ela argumenta que é a favorita do ex-presidente, a despeito da aliança PT-PSB.
Aliados do PSB, em tempo, temem uma possível ‘vingança’ de petistas fiéis a Marília. O temor é que o episódio de 2018, quando militantes vaiaram o governador Paulo Câmara (PSB) no Recife, se repita. Mas o PT não vai controlar a entrada de apoiadores pró-Marília, segundo informou liderança à coluna.
A pré-candidata já conseguiu ‘furar’ o bloqueio em duas ocasiões. No evento do Solidariedade, em maio, quando colocou um chapéu em Lula, e em Brasília, quando gravou vídeos ao lado do ex-presidente. Fontes da coluna relataram constrangimento de outros parlamentares aliados diante do avanço da colega.
“Serão eventos da Frente Popular, não tem chance de outras candidaturas comparecerem. Lula vai deixar muito claro quem é seu candidato ao Governo. Ele vem para fortalecer a chapa, claro, e reafirmar quem é o seu candidato ao Governo e ao Senado”, comentou Doriel Barros, presidente do PT-PE, à coluna.
Em tempo, o PSB endureceu abertamente o tom contra os ex-aliados. Nas redes sociais, Danilo Cabral já solta indiretas contra Marília Arraes, apontando a mudança de partido da adversária e insinuando a presença de bolsonaristas na sua chapa.
Marília tem como pré-candidato a senador André de Paula, presidente estadual do PSD. Ele, que assim como Danilo votou pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2014, chegou perto de ser anunciado como candidato da Frente Popular à Câmara Alta.
Nos bastidores, aliados do PT e do PSB já davam o tom. Desde o episódio da votação da medalha para a primeira-dama Michele Bolsonaro na Câmara do Recife, acusam Marília de se envolver com o bolsonarismo.