Por Guilherme Amado, do site Metrópoles
Nem só de assédios sexuais parece ser a rotina em torno de Pedro Guimarães, o presidente da Caixa denunciado por uma série de mulheres à coluna de Rodrigo Rangel. O bolsonarista, que chegou a ser cotado para ser vice de Jair Bolsonaro num novo mandato, também é afeito a explosões.
Em 25 de abril deste ano, durante a feira Agrishow em Ribeirão Preto/SP, o presidente da Caixa ficou tão irado ao ouvir críticas de clientes, que, além do discurso agressivo ao lado de Bolsonaro, divulgado pelo Metrópoles, fez várias ameaças de retirar a função de funcionários do banco.
O descontrole emocional não é de hoje. Em fevereiro de 2022, em uma reunião presencial com os funcionários que participaram e representaram a Caixa em feiras do agronegócio, Guimarães ficou tão nervoso que deu um soco e destruiu um painel com a marca do banco.
Na ocasião, também ameaçou os presentes a entregarem mais resultados ou perderiam seus cargos.
No final de 2021, em outra reunião com funcionários do agronegócio na Caixa, inclusive mulheres, Guimarães chegou a usar a seguinte expressão, em mais de um momento:
“Se não fizerem o que eu estou mandando, eu vou estuprar todos vocês”.
Logo depois, várias pessoas da área perderam suas funções, mesmo entregando resultado expressivos.
Pedro Guimarães está calado desde que as denúncias publicadas pelo Metrópoles vieram à tona.
A Caixa foi procurada para que Guimarães comente o teor desses episódios, mas ainda não respondeu. O espaço está aberto a manifestações.