Ex-presidente da Petrobras diz que celular tinha mensagens que incriminam Bolsonaro

Por Maurílio Júnior

Ilustração

O economista Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, disse em uma conversa de WhatsApp privada neste domingo (26/06) que manteve conversas com o presidente Jair Bolsonaro (PL) que poderiam incriminar o chefe do Executivo. Castello Branco, no entanto, não deu detalhes sobre isso.

“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo [Bolsonaro]. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, disse Castello Branco em discussão em grupo de WhatsApp com o economista Rubem Novaes, que o sucedeu no comando da estatal.

Ele não entrou em detalhes sobre quais seriam os crimes que o presidente teria cometido. As mensagens foram reveladas pelo portal Metrópoles. Novaes acusava Castello Branco de atacar o governo.

“Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques”, retrucou Castello Branco.

O ex-presidente da Petrobras ainda classificou Bolsonaro como “psicopata”: “Já ouvi de seu presidente psicopata que nos vagões dos trens da Vale, dentro da carga de minério de ferro vendido para os chineses, ia um monte de ouro”.