O dia 17 de abril de 2016 ficará marcado para sempre na história política do Brasil. Afinal, há exatos 6 anos o Plenário da Câmara dos Deputados aprovava a instauração do processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff (PT).
Segundo o pedido, a petista teria cometido crimes de responsabilidade fiscal, que ficaram conhecidos como “pedaladas”, ou seja, uma manobra que teria maquiado os reais gastos do governo, que eram maiores que os limites legais.
:: Como votaram os paraibanos
Apenas os deputados federais Luiz Couto (PT), Damião Feliciano (PDT) e Wellington Roberto (PR) votaram contra a abertura do processo de impeachment.
A votação seguiu a ordem alfabética e, portanto, o primeiro a votar pela Paraíba foi Aguinaldo Ribeiro, líder da bancada do PP. “Eu sou líder da da maioria. Não sou líder da minoria e por isso sigo a maioria pela admissibilidade desse processo”, disse.
Benajmin Maranhão (SD) fez um duro discurso contra a presidente Dilma Rousseff. Ele disse que ela cometeu crimes e precisava ser punida. “Ela é ladra”, bradou. “Hoje o julgamento é político, por crime de responsabilidade. Mas ela via responder na Justiça. Vai responder criminalmente”.
O deputado federal Damião Feliciano (PDT) seguiu orientação partidária e votou contra o impeachment. “Eu rogo a Deus pelo futuro da minha Paraíba e do meu Brasil”, disse.
Efraim Filho (DEM) destacou que sempre votou contra o PT. Disse que sempre apontou “seus erros, seus equívocos e suas mentiras”. Presidente da CPI dos Fundos de Pensão, o deputado do Democratas disse que “o remédio para um governo irresponsável esá previsto na Constituição e é o impeachment, realizado pelo Congresso é fiscalizado pelo Supremo Tribunal Federal”.
Em seguida votou Hugo Motta (PMDB) que afirmou estar convicto de uma união nacional depois do processo, para que o Brasil retome o seu desenvolvimento. Ele votou favorável ao impeachment, como já era esperado.
Único deputado do PT da bancada federal, Luiz Couto afirmou que a população reagirá contra o que chamou de “golpe” e contra quem estava na cadeira do presidente da Câmara Federal, dirigindo-se ao deputado federal Eduardo Cunha.
Manoel Júnior (PMDB) começou seu discurso dizendo que “ecoa na Câmara o clamor das ruas”;. O peemedebista ofereceu seu voto em favor do processo de impeachment a Pedras de Fogo, à Paraíba e à cidade de João Pessoa.
Pedro Cunha Lima (PSDB) fez um verso em seu voto a favor do impeachment: “Na exigência do respeito, que carrego por efeito, da confiança em mim, voto pela mudança, no composta da esperança, vamos em frente com a força, e voto sim”, declamou.
Rômulo Gouveia (PSD) afirmou que chegou ao mandato pela confiança da população. Citou Campina Grande onde, segundo ele, os eleitores clamam pela mudança do governo federal, por não aceitar mais o modelo administrativo implantado no país. “Precisamos nos unir, somar e formar um governo de coalizão no país. O que estamos votando hoje é o combate à corrupção”, sustentou.
Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) disse que votava com equilíbrio e moderação. “Com responsabilidade jurídica e consciência política, o nosso voto é favorável ao prosseguimento do processo de impedimento da presidente”, afirmou.
Faltando seis votos para oposição conseguir 342 votos, o deputado Wellington Roberto (PR) votou contra o impeachment. Sustentou que o impeachment não resolverá os problemas do país. “Defendendo novas eleições, eu voto”, argumentou.
Último deputado da Paraíba a votar, o deputado federal Wilson Filho (PTB) se pronunciou favorável ao impeachment. “Eu decidi olhar para o futuro, apostar na boa política e na renovação na esperança dos brasileiros. As pedaladas fiscais aconteceram e nós estamos no momento certo para mudar o Brasil”, afirmou.
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