(O Globo) A disfunção erétil é um dos efeitos colaterais mais comuns do uso da finasterida, medicamento usado para tratar a calvície. Já o remédio mais conhecido contra a impotência e a perda de libido é a sildenafila, vendida sob o nome comercial de Viagra. O que ambos têm em comum? Os dois foram alvos de licitações das Forças Armadas nos últimos anos.
Após a revelação do caso, os deputados federais Elias Vaz (PSB-GO) e Marcelo Freixo (PSB-RJ) pediram que o Ministério Público Federal (MPF) investigue a aprovação da compra de 35 mil comprimidos de Viagra em 2020 e em 2021, revelada pela colunista do GLOBO Bela Megale. A representação foi enviada na terça-feira. O Tribunal de Contas da União (TCU) apura o caso.
“A compra de remédio para disfunção erétil para as Forças Armadas vai na contramão da eficiência e probidade na administração pública. (…) Os processos de compra do Viagra revelaram, ainda, que a Defesa adquiriu os medicamentos com superfaturamento de até 143%”, diz o documento.