O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, subiu o tom contra Jair Bolsonaro acerca da vacinação infantil.
Durante a semana, Bolsonaro provocou Barra Torres ao perguntar “qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?”.
Em nota divulgada no início da noite deste sábado, 8/1, Barra Torres afirmou que nunca se apropriou do que não era dele “e nem pretendo fazer isso, à frente da Anvisa”.
O presidente da Anvisa é general da Marinha do Brasil. Ele começa a nota dizendo que serviu o país por 32 anos e pautou sua vida pessoal “austeridade e honra”. “Prezo muito os valores morais que meus pais praticaram e que pelo exemplo deles eu pude somar ao meu caráter”, defendeu.
Barra Torres disse ainda que, como médico “procurou manter a razão à frente do sentimento” e como cristão buscou “cumprir os mandamentos, mesmo tendo eu abraçado a carreira das armas”.
“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa, aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar”.
Continua:
“Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate. Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente. Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário”.