O deputado estadual Cabo Gilberto Silva (PSL) está dobrando a aposta. Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar bolsonarista incita militares a descumprirem uma decisão judicial que os obriga a voltar a suas atividades como motoristas de viaturas. Ele afirma que a espécie de greve branca continua a todo vapor.
O juiz Fabio Leandro de Alencar Cunha, do Tribunal de Justiça da Paraíba, estabeleceu multa diária de R$ 1 mil até o limite de R$ 30 mil para cada um dos policiais militares da Paraíba que não retornarem à sua função como motorista da corporação.
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Desde a semana passada Cabo Gilberto (PSL) e o também deputado estadual Walber Virgolino (Patriota) coordenam uma espécie de greve branca dos policiais. Ambos têm interesses eleitorais.
O pano de fundo é a Lei do Sistema de Proteção Social dos Militares aprovada na semana passada pela Assembleia em projeto enviado pelo Executivo.
O projeto que define os novos parâmetros da aposentadoria dos militares faz parte do pacote da reforma previdenciária do governo Bolsonaro, que eles mesmos, são defensores.
– É preciso deixar claro que esta é uma decisão monocrática para os militares que estão na ação. Não são todos os militares motoristas. Os que forem notificados são o que serão obrigados a dirigir. Iremos adotar todas as medidas para sanar problemas judiciais. Continuem o movimento, tolerância zero. Continuem sem trabalhar de forma ilegal. O movimento continua a toda vapor – diz o Cabo em vídeo.
Na manhã deste sábado (25), o deputado estadual celebrou uma enquete, que não tem nenhum elemento científico, que o coloca em um eventual segundo turno das eleições de 2022 contra o governador João Azevêdo (Cidadania).
– Obrigado minha Paraíba pela segunda colocação no possível primeiro turno. Dep Gilberto Silva – escreveu.