Agentes da desordem
Caos. Tem sido esta a palavra de ordem na corrente bolsonarista da Assembleia Legislativa da Paraíba representada pelos deputados Gilberto Silva (PSL) e Walber Virgolino (Patriota).
Há pelo menos uma semana, os parlamentares trabalham para reproduzir o mesmo cenário visto no Ceará em 2020, quando uma parte da Polícia Militar entrou em greve, o que é ilegal, segundo a Justiça. Parte da corporação da Paraíba já ligou o alerta sobre os interesses da dupla.
O pano de fundo é a Lei do Sistema de Proteção Social dos Militares aprovada na semana passada pela Assembleia em projeto enviado pelo Executivo.
Vejam só, o projeto que define os novos parâmetros da aposentadoria dos militares, faz parte do pacote da reforma previdenciária do governo Bolsonaro, que eles mesmos, são defensores.
Todos os Estados são obrigados a adotarem as novas normas, sob risco de penalização.
Dentro de toda essa barulhada, os deputados estão inflamando a classe a reivindicar melhorias salariais, o que será discutido entre governo estadual e associações em janeiro.
Nesta quinta-feira, 23, sem citar nomes, o governador João Azevêdo (Cidadania) afirmou que dois deputados estão agindo de ‘má fé’ para confundir a população.
Nem precisava dizer os nomes. A ordem dos parlamentares é garantir a reeleição e só há um caminho: o caos.