A Paraíba acompanha atentamente os movimentos do tabuleiro da política nacional.
Neste domingo, 19, um jantar que reuniu a nata da política do país chamou a atenção. Lá estavam o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido).
Lula e Alckmin conversaram reservadamente em uma sala durante o evento.
De acordo com o Valor Econômico, o petista confirmou que quer mesmo o ex-tucano como vice na sua chapa, preferencialmente pelo PSD, partido de Gilberto Kassab.
Lula joga com a matemática da soma. O PSB, que poderia ser uma segunda alternativa para Alckmin, o petista provavelmente já tem; o PSD ainda não.
E é essa decisão que pode causar efeitos diretos na conjuntura política da Paraíba para 2022.
O PSD de Kassab já não esconde que quer o governador João Azevêdo (Cidadania), candidato à reeleição. O convite está próximo de ser feito pelo próprio presidente da sigla, Gilbeto Kassab.
Os dois sinais são péssimos para os entusiastas de uma candidatura voltada exclusivamente para esquerda ao Governo da Paraíba sendo representada ou por Lígia Feliciano (PDT) ou por Luciano Cartaxo (PT). Veneziano Vital do Rêgo (MDB) corre por fora.
Todos os três condicionam concorrer ao Governo do Estado ao apoio exclusivo do ex-presidente da República, o que poderia, segundo eles, torná-los competitivos contra Azevêdo.
Com Alckmin e João Azevêdo no PSD, esta perspectiva estaria ameaçada, já que na matemática de somar de Lula, o governador agregaria mais ao seu palanque.
