“O candidato é Pedro. Cássio é Cássio. Pedro é Pedro”. A declaração é do deputado federal e agora pré-candidato ao Governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB), em resposta a uma pergunta do blog na coletiva de hoje no PSDB.
O ex-senador Cássio Cunha Lima não apareceu para o lançamento da pré-candidatura do seu filho. A estratégia tucana é quase impossível: desvencilhar a imagem de Pedro com a do pai.
“Ele está focado em outro ciclo, isso distancia do dia a dia da política. Tenho profundo orgulho da trajetória do meu pai, da minha mãe, dos meus irmãos, mas o debate não é pelo amor da minha família, é pela minha família”, respondeu o herdeiro.
Se Pedro não fosse filho de Cássio, a estratégia realmente faria sentido. Por decisões equivocadas, como colocar a digital no impeachment de uma presidente (Dilma Rousseff) eleita por grande maioria na Paraíba, somado ao duro embate de anos com o ex-governador Ricardo Coutinho, responsável por descontrair a sua imagem, Cássio se desgastou politicamente. Hoje, atua nos bastidores.
O filho fará o que outros atores da política local já fizeram com Cássio. Não é novidade. Desvencilhar a imagem de candidato com o aquele que já foi ex-governador, ex-senador e ex-prefeito da segunda cidade mais importante do estado. Ruy já fez isso em João Pessoa, e Bruno Cunha Lima também em Campina Grande, ambos em 2020.
Se Cássio vivesse hoje momentos do passado, seria inimaginável cogitar que ele seria escondido de um lançamento de pré-candidatura do seu filho ao governo estadual.