Candidato de Pedro, Leite admite que agiu para adiar vacinação no Brasil

Por Maurílio Júnior

Eleitor de Bolsonaro em 2018, o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) admitiu à Folha de S. Paulo que trabalhou contra a vacinação no Brasil.

A pedido do general Ramos, ministro de Bolsonaro, Eduardo disse que ligou para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em janeiro, tentando fazer com que ele adiasse o início da vacinação no estado.

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“Houve uma conversa nessa direção, não foi um pedido de intervenção, mas um pedido de reflexão. Talvez tivesse sido positivo ao país que se fizesse um esforço de coordenação e engajamento, já que era uma questão nacional. Mas é um episódio superado.”

Ao site ‘O Globo’, Doria disse ter afirmado na ocasião:

“Lamento, Eduardo, que você tenha se prestado a atender um pedido dessa natureza do general Ramos. Diga a ele que vamos iniciar a vacinação, tão logo a Anvisa autorize a utilização da Coronavac. E que eu estou ao lado da vida e dos brasileiros.”

Apesar do telefonema de Leite, São Paulo iniciou a vacinação em 17 de janeiro, logo após a aprovação da Anvisa.

Eduardo Leite e João Doria disputam a preferência dos tucanos para concorrer à Presidência da República em 2022.

Na Paraíba, Leite conta com o apoio do deputado Pedro Cunha Lima, enquanto Doria tem a adesão de Ruy Carneiro e Edna Henrique.