A Comissão Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Paraíba (OAB-PB) decidiu abrir investigação sobre a suposta compra de votos dentro do processo eleitoral que acontecerá quinta-feira (18).
A denúncia envolve Assis Almeida, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-PB). Ele e o candidato a presidente pela Chapa 11, Harrison Targino, terá um prazo de três dias para se pronunciarem.
Veja +: R$ 13 mil: denúncia de compra de voto eleva temperatura na disputa pela OAB-PB
O sogro de Assis pagou débito de R$ 13.346,45 de uma advogada junto à OAB-PB cinco dias antes do fim do prazo para que as pendências financeiras fossem quitadas.
A advogada poderá votar nas eleições desse ano da Ordem devido ao pagamento. Assis é candidato à reeleição para o mesmo cargo na chapa de Harrison Targino.
Leia +: Eleição da OAB: sogro do presidente da CAA-PB justifica pagamento de R$ 13 mil para aliada
Em resposta a representação apresentada pelo candidato de oposição ao comando da Ordem, Raoni Vita, a Comissão Eleitoral decidiu abrir investigação e deu um prazo de três dias para a Chapa 11 se manifestar sobre o caso.
A advogada, que teve a dívida de R$ 13.346,45 paga integra o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB-PB e era alvo, desde 2018, de uma ação de execução de título extrajudicial. O comprovante de pagamento em nome Mário Vicente da Silva, sogro de Assis Almeida, foi anexado ao processo judicial para pedir baixa da ação já no dia seguinte ao pagamento.
Em seu Artigo 13, o Provimento 146 destaca que se constitui conduta vedada “pagamento de anuidade de advogado ou o fornecimento de recursos financeiros ou bem de valor econômico que possa desvirtuar a liberdade de voto”.