O ministro da Economia, Paulo Guedes, já pode ter lucrado R$ 14 milhões com a valorização do dólar apenas durante o seu mandato a frente da pasta. Segundo o site Metrópole, a offshore que Paulo Guedes mantém nas Ilhas Virgens Britânicas, a Dreadnought International, revelada neste domingo 3/10 pelo especial Pandora Papers, tinha US$ 9,55 milhões em 24 de setembro de 2014.
Guedes decola
Esse montante correspondia a quase R$ 37 milhões quando ele foi nomeado para comandar a economia brasileira pelo presidente Jair Bolsonaro. A cotação na época era de R$ 3,85 para cada unidade da moeda americana. Hoje, a cotação é de R$ 5,37 por unidade do dólar. Assim, o montante detido pela Dreagnought vale R$ 51,3 milhões.
Improbidade
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara, pediu uma ação de improbidade no Ministério Público contra o ministro da Economia e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que também possui uma offshore.
Paraíso fiscal
A abertura de uma offshore ou de contas no exterior não é ilegal, desde que o saldo mantido lá fora seja declarado à Receita Federal e ao Banco Central. Mas, no caso de servidores públicos, a situação é diferente.
O artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal, instituído em 2000, proíbe funcionários do alto escalão de manter aplicações financeiras, no Brasil ou no exterior, passíveis de ser afetadas por políticas governamentais.