Desconetactado da realidade, mentalmente desequilibrado, acossado pela possíblidade de ser preso ou tornar-se inelegível, Bolsonaro passou o 7 de setembro em surto, a brincar de soldadinho de chumbo, andar de helicóptero, atacar o Estado de Direito e dizer que não vai obedecer mais determinações de seu fantasma dileto, o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Bolsonaro sempre foi um erro monstruoso, que contou com apoio da massa idiotizada e de gente que teve todos os meios para estudar e se preparar para exercer uma liderança civilizatória, mas que insiste em atalhos oportunistas e optou por atuar nas entidades empresariais, na mídia e nas instituições políticas para eleger o capitão fascistóide —aquele que, como se repetia enganosamente, iria apenas cuidar da pauta conservadora de costumes enquanto Paulo Guedes providenciaria a revolução liberal.
Editorial | Folha de S. Paulo