O partido Cidadania do governador João Azevêdo prestou nesta terça-feira (7/9) solidariedade aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF, pelos ataques de Jair Bolsonaro nos atos golpistas deste 7 de setembro. A nota assinada pelo presidente Roberto Freire lamenta que a data de hoje tenha representado um “festival de desequilíbrio, destempero e desqualificação de um presidente da República que jamais esteve à altura do cargo que ocupa nem consegue compreender o significado dos valores democráticos que partilhamos como nação.”
Leia a íntegra
O Cidadania expressa sua solidariedade e seu respeito pelo trabalho que Alexandre de Moraes – e também o ministro Luís Roberto Barroso – tem feito no Supremo Tribunal Federal para garantir direitos e liberdades fundamentais inscritos na Constituição Federal de 1988, que tive a honra de subscrever como deputado federal constituinte.
O que o Brasil assistiu neste 7 de setembro foi um festival de desequilíbrio, destempero e desqualificação de um presidente da República que jamais esteve à altura do cargo que ocupa nem consegue compreender o significado dos valores democráticos que partilhamos como nação.
De um lado, está a lei. A lei é para todos e não nos cabe como cidadãos escolhermos quais delas vamos ou não respeitar. De outro lado, estão a subversão da ordem, a instabilidade política e social, a intolerância e o autoritarismo.
Bolsonaro age para aprofundar a crise econômica e sanitária que já deixou quase 600 mil mortos, 15 milhões de desempregados, mais de 50% da população em situação de insegurança alimentar, inflação à beira do descontrole, crise hídrica e desconfiança internacional.
O presidente está em fuga. Agride as autoridades porque não sabe nem tem condições de governar. Agride as instituições porque sabe os crimes que cometeu – antes e depois da Presidência – e que ainda pretende cometer por não aceitar as regras do jogo democrático. Age como um marginal, mas não está à margem da lei.
É inaceitável que continue sentado no Palácio do Planalto, arrastando para a anomia uma sociedade que, clara e majoritariamente, rejeita seus delírios populistas. Alexandre de Moraes e o STF não podem continuar sozinhos nesta trincheira. É preciso dar um basta à amoralidade que ronda a República.
A resposta tem de ser política.
E ela começa pelo devido processo de impeachment.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania