O ex-presidente Lula falou em união, data nacional, pacificação ao celebrar, solidariedade às vítimas da Covid-19 no seu pronunciamento de 7 de setembro. Faltavam algumas horas para o começo do dia da Independência, que é visto como de combate pelos seus seguidores, e é aguardado com temor e preocupação por outros brasileiros.
Lula falou que um presidente numa data como essa não divide, une. Não ameaça, principalmente num ano tão difícil como esse, mas sim manifesta solidariedade às vítimas da pandemia. Não promove o conflito, mas sim a pacificação.
Não havia nada de novo no que ele disse, era até óbvio, mas soou uma novidade para quem ouviu nos últimos dias o crescente ruído das ameaças do presidente Bolsonaro.
Depois, Lula falou de desenvolvimento, criação de emprego, combate à fome. E isso num país que acabou de ver a estatística da estagnação do segundo trimestre, tem 14 milhões de desempregados e onde a fome está atingindo cada vez mais brasileiros.
Pelo contraste da esperança contra o ódio, o ex-presidente pareceu até a quem não é seu eleitor uma voz sensata, no meio da insensatez governamental.
Matheus Leitão | Veja