Qualquer pessoa que tenha o mínimo de conhecimento sobre a formação dos preços dos combustíveis sabe que o ICMS não determina o valor final para o consumidor e, sim, a política de preços imposta pela Petrobras com base na variação do dólar, praticada desde 2017 com o então presidente Michel Temer (MDB).
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Mesmo assim, Jair Bolsonaro e seus apoiadores desinformam uma parcela cada vez mais pequena de uma população barulhenta que atribui o avanço desenfreado do combustível aos governadores.
Na Paraíba, por exemplo, a gasolina já beira os 6 reais. E se o governador zerasse o ICMS (29%)?
Além de quebrar o estado, João Azevêdo também não conseguiria causar grande efeito sobre o preço, com o dólar, muito em breve, voltando a atingir o patamar atual.
O valor cairia para R$ 4,26, mas permaneceria mais caro do que o praticado no último mês do governo Dilma (PT), maio de 2016, quando o combustível estava em R$ 3,40 na Paraíba. Já quando Temer deixou o poder, a gasolina custava R$ 4,45.
Outra falácia é que Bolsonaro teria zerado os impostos federais sobre a gasolina. Isso nunca aconteceu.