opinião

A fadinha que arrancou o sorriso no país do luto

Por Maurílio Júnior

No país da tragédia, coube a uma fadinha de 1,47m, 13 anos, do interior do Maranhão, no Nordeste, arrancar, por uma madrugada, o sorriso de um povo enlutado.

Do outro lado do mundo, em Tóquio, no Japão, Rayssa Leal tornou-se não só a integrante mais jovem do Brasil em uma delegação olímpica, mas foi além.

A fadinha, como é chamada Rayssa desde 2015, depois de viralizar fazendo manobras vestida com uma fantasia de fada, conquistou a medalha de prata no Skate, incluído no programa olímpico pela primeira vez na história.

E não é só com o skate na mão que Rayssa encanta. Pequena na estatura, grande no coração, ela jogou para longe todo o preconceito no esporte, sobretudo na sua modalidade, tão estigmado.

“Skate é, sim, para todo mundo, assim como qualquer esporte, como futebol e handebol. Muita gente fala que handebol é só para meninas. É para todos e skate, não é só para meninos”, disse.

O esporte é, realmente, único, fadinha: ele salva, emociona e alivia, mesmo que por um instante, a dor de um povo.

Viva, Rayssa! Salve a criança e a mulher brasileira! Viva o Nordeste!

Aos 13 anos, 'Fadinha' agradece à história do skate antes de estreia em Tóquio