escândalo da vacina

“Prevaricação se aplica a servidor público, não a mim”, diz Bolsonaro, um servidor público

Por Maurílio Júnior

Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição/Flickr

É diferente o jeito que Jair Bolsonaro confessa seus crimes.

Em entrevista à imprensa, nesta segunda (12/07), o presidente confirmou que prevaricou sobre as irregularidades nas negociações da Covaxin ao jogar a bomba no colo de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde.

» Depois do cheques, Michelle Bolsonaro surge no caso das vacinas

“Até o do Luis Lima [Bolsonaro errou o nome de Miranda], mesmo conhecendo toda a vida pregressa dele, a vida atual dele, eu conversei com Pazuello. Pazuello, tá uma denúncia aqui do deputado Luis Lima [Miranda] de que estaria algo errado acontecendo, dá para dar uma olhada? Ele viu e não tem nada de errado, já estamos tomando providência. Vamos corrigir o que está sendo feito”.

Ele, contudo, disse que a possibilidade só se aplica a quem é servidor público, o que, segundo ele, não é seu caso.

“Primeiro, eu entendo que a prevaricação se aplica a servidor público, não se aplicaria a mim. Mas qualquer denúncia de corrupção eu tomo providência”.

O esperto julga-se tão esperto que acaba atolado na própria burrice.