Envolvida no caso dos cheques de Fabrício Queiroz, a primeira-dama Michelle Bolsonaro está prestes a surgir também no escândalo das vacinas.
Uma mensagem trocada pelo Policial Militar Luiz Paulo Dominguetti com um interlocutor identificado como Rafael Compra Deskartpak, sugere a participação da esposa de Jair Bolsonaro no esquema.
Nas novas mensagens, Dominguetti comenta assustado sobre os avanços do “reverendo” — Trata-se de Amilton Gomes de Paula responsável por abrir as portas do Ministério da Saúde para que representantes da Davati Medical Supply fizessem uma proposta bilionária para vendas do imunizante da Astrazeneca.
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“Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia”, escreve.
O interlocutor se mostra incrédulo diante do nome da primeira-dama. “Quem é? Michele Bolsonaro?”
E Dominguetti retorna: “Esposa sim”.
O interlocutor orienta o policial a ligar para Cristiano Carvalho, CEO da Davati no Brasil, que pilotava a operação: “Pouts. (sic) Avisa o Cris”.
A CPI da Covid-19 vai avançar sobre o novo detalhe das investigações para entender se a primeira-dama foi usada para que os supostos vendedores de vacinas chegassem a Bolsonaro.
O conteúdo foi revelado, em primeira mão, pela coluna Radar, no site da revista Veja.