opinião

Caguei: Bolsonaro e o poder de sintetizar o próprio governo

Por Maurílio Júnior

— Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição/Flickr

Ao mandar a CPI da Covid-19 à merda, e junto com ela, mais de 500 mil mortos no país, Jair Bolsonaro impôs a difícil missão a jornalistas e cientistas políticos: sintetizar tão bem como ele o seu próprio governo.

“Caguei, caguei para CPI. Não vou responder”, disse o presidente em resposta a uma carta da comissão.

Há 14 dias, o silêncio de Bolsonaro grita sobre as denúncias do deputado Luís Miranda (DEM-DF) em relação ao esquema da Covaxin e a suposta participação, segundo o próprio Bolsonaro, de acordo com Miranda, do seu líder na Câmara na “falcatrua”.

Na mesma live do novo impropério, nesta quinta-feira (08/07), Bolsonaro havia peidado.

Com uma avalanche de denúncias de corrupção, Jair Bolsonaro não precisava de tanto. Todo mundo já estava sentindo a catinga há muito tempo. 

Mas há de se reconhecer que ninguém teve um poder de síntese tão exato como o seu. O difícil agora será limpar o mau cheiro.

É merda demais…