O contrato do governo de Jair Bolsonaro com a Precisa Medicamentos para compra da vacina indiana Covaxin foi suspenso.
Como todo país já sabe o contrato assinado no início deste ano é 1000% superior ao estimado por executivos da Bharat Biotech, em agosto do ano passado. O anúncio da suspensão do acordo foi feito pelo ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga.
A decisão do governo deixará muitas perguntas no ar, afinal, na semana passada, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou categoricamente que não havia nenhuma irregularidade no processo de aquisição do imunizante, fazendo aliás ameaças aos denunciantes, os irmãos Miranda.
Em agenda em João Pessoa, no último fim de semana, o ministro Marcelo Queiroga disse que a sua preocupação com o assunto era zero. Era mesmo?
Se não havia irregularidade no contrato com a Covaxin, por que o governo decidiu suspendê-lo? É a primeira pergunta. Se o contrato estava irregular, por que assinou? É outra.
Lembrando que na última semana, em depoimento à CPI da pandemia, um servidor de carreira do Ministério da Saúde revelou que Jair Bolsonaro tinha conhecimento das irregularidades no início do ano e nada fez, além de ter citado o líder do seu governo, Ricardo Barros (PP-PR), como um dos atores da “falcatrua”.
Até o momento o presidente da República não desmentiu a versão do servidor.
E as perguntas estão no ar…
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