O ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, foi nocauteado no depoimento da CPI da Pandemia. O ex-Secom se auto colocou nas cordas ao cair em contradição inúmeras vezes.
Com ampla maioria na Comissão Parlamentar de Inquérito, senadores de oposição não tiveram dó do ex-Secom.
Wajngarten foi encurralado e, entre muitas inverdades, o ex-auxiliar de Bolsonaro confessou a má vontade do governo federal na negociação com a Pfizer.
A farmacêutica mandou uma carta para o governo Bolsonaro em 12 de setembro de 2020, mas ninguém respondeu.
O recebimento só foi acusado em 9 de novembro, após o dono da RedeTV! ser informado por uma apresentadora da emissora – casada com um executivo da farmacêutica – que há dois meses a fabricante de vacina aguardava uma resposta.
Mas momento de maior tensão do depoimento se deu quando o relator da CPI, senador Renan Calheiros, anunciou que iria pedir a prisão de Wajngarten por mentir na oitiva.
O presidente da CPI, Omar Aziz, se contrapôs a Calheiros, que acabaria recuando do pedido.
Quem apareceu repentinamente quando se discutia o pedido de prisão a Wajngarten foi Flávio rachadinha, filho do presidente da República.
Investigado por corrupção em seu gabinete, Flávio apelou para velha e já manjada tática bolsonarista de jogar uma cortina de fumaça ao insultar Calheiros de “vagabundo”, que retrucou ao chamá-lo de “ladrão”. A sessão, então, foi suspensa.
Nocauteado, o governo foi salvo, HOJE, por Flávio rachadinha.