opinião

Tal chefe, tal ministro

Por Maurílio Júnior

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chega sem máscara ao Aeroporto de Guarulhos (SP) para receber carregamento de vacinas, neste domingo (2) | Bruno Santos/Folhapress

Um mês à frente do Ministério da Saúde foi o bastante para que o paraibano Marcelo Queiroga se adaptasse 100% ao estilo de Jair Bolsonaro.

A serenidade de início deu lugar a agressividade que, a exemplo do chefe, mira a imprensa para desviar a incompetência da gestão.

Há uma semana, o paraibano já havia se irritado com repórteres após ser questionado sobre o baixo quantitativo de vacinas enviadas para os Estados.

Muitos municípios estão sem a segunda dose da CoronaVac depois de o Ministério da Saúde orientar o uso total dos imunizantes na 1ª aplicação.

Nessa segunda-feira (03), em evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Queiroga pediu que empresários repensem a publicidade em veículos de imprensa.

O ministro reclamou de uma foto tirada enquanto ele ajeitava a máscara quando foi receber vacinas contra Covid-19 vindas do mecanismo Covax Facility.

“Era bom até que os senhores que são da iniciativa privada e fazem publicidade nesse tipo de veículo de comunicação repensassem essas estratégias”, aconselhou.

Tal chefe, tal ministro.