Não há de se negar que o paraibano Marcelo Queiroga é um ministro com método. Retórica pedagógica quando fala com a imprensa, tom comedido e jaleco de médico. São algumas características de um bom personagem que o governo Bolsonaro encontrou. Data vênia, personagem sim, ministro.
Da visita ao seu estado natal nesta sexta-feira (16), ficarão pérolas, visto que, de ações concretas, a agenda foi um vazio. Sobre a pauta mais importante, que seria a vacinação ameaçada em várias capitais, a exemplo de João Pessoa, o próprio ministro se encarregou de dizer que não pode fazer muita coisa. Como diria em bom francês: é de lascar!
A culpa foi jogada na China, que tem demorado a enviar, segundo o ministro, os insumos para produção das vacinas no Butantan e na Fiocruz. A mesma China que o governo que o ministro faz parte cria atrito constantemente.
Como se não bastasse, Queiroga ainda afirmou que “não há essa história de atraso” na vacinação do país e que, o presidente Jair Bolsonaro tem se “empenhado em vacinar a população brasileira”. Duas pérolas em uma frase só.
Para os de memória fraca, Bolsonaro é o mesmo que recusou a assinar contratos com a Pfizer em setembro de 2020, e com o próprio Butantan, cedendo em janeiro deste ano após o sucesso da vacina capitaneada pelo seu rival político João Doria, governador de São Paulo.
Aí é de lascar duas vezes!