A senadora Daniella Ribeiro (Progressistas) foi mais uma a criticar o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados que autoriza a compra de vacinas contra a Covid-19 por empresas privadas. Anteriormente, o governador João Azevêdo (Cidadania) considerou “equívoco gigantesco” a aprovação.
Em entrevista ao site JOTA, a paraibana apontou que a eventual prioridade dada a empresários na aquisição de imunizantes atingirá a classe mais pobre do país.
“Sou contra o projeto de lei de vender vacinas para empresas, porque acho que uma situação como essa em que a compra por agentes privados vai acontecer faz com que as pessoas pobres não tenham a oportunidade de serem imunizadas”, afirmou.
Daniella concluiu dizendo que o Brasil mostrou na pandemia ser um país sem empatia e, se for o caso, prefere ser a última a tomar a vacina.
“Em um país que não existe a empatia, onde foi mostrado nesse momento da pandemia, prefiro ser a última da fila (a vacinar) para que as pessoas humildes que têm menos condições possam ser vacinadas. Elas são as pessoas que têm mais condições, estão mais sujeitas a pegar ônibus, que não podem faltar seu trabalho”.
Nessa quarta (7), o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador Ítalo Fioravanti Sabo Mendes, derrubou a liminar do juiz Rolando Spanholo, da 21ª Vara Federal do Distrito Federal, que autorizou a universidade paraibana Unifacisa, que compraria 15 mil doses, e mais nove instituições privadas, a importar vacinas contra a Covid-19 sem a obrigação de repassá-las ao Sistema Único de Saúde.