O médico Fábio Rocha foi anunciado como Secretário da Saúde de João Pessoa, para atuar na próxima gestão do prefeito Cícero Lucena.
Em plena pandemia da Covid-19, que já ceifou a vida de mais de mil pessoenses, ele mesmo dá o tom da missão.
“É um enorme desafio. Poderia estar agora em Pipa (RN), viajando, mas estou planejando. Quero poder dizer que fiz alguma coisa quando sair”.
Ao blog, o responsável pela consagrada rede de laboratórios Maurílio de Almeida adiantou: “Não tenho interesse político e espero unir João Pessoa contra a Covid-19 e a miséria”.
“É muito triste sair e ver uma criança com fome. Não tem coisa pior para um pai do que não ter o que alimentar a sua família. Temos que pensar no conjunto, buscar o equilíbrio, não posso piorar o que já está ruim”, disse.
Fábio Rocha é contra aquilo que ele classifica de “medidas contra a liberdade”, se diz favorável a volta às aulas, mas ponderou sobre eventos.
“Sou contra expandir grandes eventos, festas populares. Não tem como manter o distanciamento. As pessoas esquecem de colocar uma máscara, de manter um distanciamento, a pessoa pode até uma educação, mas esquece”.
O futuro secretário de Saúde pretende criar um comitê covid para discutir, entre outros assuntos, o retorno das aulas presenciais.
“Sou a favor das aulas diante de protocolo racional, que tem que ser discutido, com participação, inclusive, de outros estados. Não sou o dono verdade, que pode estar equivocada, ninguém sabe muito de covid. Liberar tudo é errado, fechar tudo é estupidez, o governo tem que ter dinheiro da produção”, afirmou.
Se dependesse de Fábio Rocha, o comércio teria o seu horário de funcionamento ampliado já agora em dezembro.
“Nós temos algumas coisas concretas: máscaras, distanciamento, que não significa isolamento, higienização das mãos. Mas não acredito em outras medidas restritivas. Se eu diminuo o horário bancário, aumento o número de pessoas na fila, o mesmo acontece com o horário do comércio, restaurantes… Nessa época de festas, o shopping teria que estar funcionando 24 horas. Pena que não estou discutindo”.
Ele diz que não pode parar João Pessoa por causa da Covid-19 e lembrou que há outras doenças que exigem a mesma atenção.
“Não posso parar João Pessoa por causa da covid. Temos que encarar a realidade e melhorar assistência básica. Não posso deixar uma mulher jovem morrer por câncer. Temos que pensar no conjunto. Fechar não é a solução. Vamos buscar equilíbrio. Não posso piorar o que está ruim”.
Fábio Rocha é a favor de qualquer vacina que tenha a sua eficácia comprovada, mas contra a obrigatoriedade.