covid-19

Cartaxo e Edilma ignoram risco de segunda onda e prometem o que não podem

Por Maurílio Júnior

Referência no tratamento a Covid-19 em João Pessoa, o Hospital Clementino Fraga está com 100% de ocupação nas enfermarias e apenas três vagas disponíveis na Unidade de Terapia Intensiva (UTI); o Hospital Metropolitano de Santa Rita tem quase 70% de ocupação dos leitos de UTI.

Na semana passada, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já havia alertado a capital paraibana para o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) e de Covid-19. Recomendou, aliás, a Prefeitura de João Pessoa suspender as novas medidas de flexibilização.

As decisões da gestão municipal, porém, foram em sentido contrário ao que já acontece, por exemplo, na Europa, em relação a segunda onda do novo coronavírus. No início do ano, o Brasil já havia negligenciado os riscos da pandemia quando países europeus já passavam por apuros e novamente repete agora.

Em João Pessoa, a busca incessante em colocar a sua candidata no segundo turno das eleições municipais cegou o prefeito Luciano Cartaxo. Primeiro lotou um ginásio durante evento de campanha de Edilma Freire, fazendo a Justiça Eleitoral multar a candidata do PV em R$ 10 mil.

Na última quarta-feira (04), durante guia eleitoral na TV, Luciano e Edilma se comprometeram a só ampliar a retomada das atividades, ignorando uma segunda onda iminente.

“Meu compromisso é manter o que está aberto e ampliar a retomada”, disse Cartaxo. “Assumo um compromisso para aceleração das atividades”, afirmou Edilma.

No desespero de chegar ao segundo turno, Luciano e Edilma estão prometendo o que não podem. O vírus já disse que não conversa.